domingo, 16 de agosto de 2009

Os meus livros... 4

Quando se fala de literatura, e de literatura fantástica, tem de se falar da trilogia de J.R.R. Tolkien: O Senhor dos Anéis. É – confesso – umas das obras literárias que mais aprecio. Mas qual será o seu segredo?

Será a história, a aventura? Ou será a imaginação do autor, que me maravilha a cada virar de página? Inclino-me mais para a segunda hipótese. Pois a aventura do livro segue a receita habitual do bem contra o mal, e de um mal que aspira a dominar o mundo. E quantos livros, ou filmes, não vimos já com o mesmo tema de fundo? Mas a capacidade de criar um mundo como aquele, com aquelas personagens, aquela história, aquele passado e até uma língua própria ultrapassa o comum dos mortais. Tolkien tinha, sobretudo, uma imaginação extraordinária, que ainda não vi superada por ninguém.

Em relação aos filmes de Peter Jackson, que, neste momento, são quase uma tão grande referência como eram os livros, tenho pouco a dizer. Gosto de todos eles, é verdade, acho-os relativamente fiéis aos livros, mas os actores, com uma ou outra excepção, deixam muito a desejar. Considero, aliás, que uma das personagens principais, Aragorn, entregue ao actor Viggo Mortensen, não podia estar pior representada. Na verdade, não sei o que mais me irrita e desilude na personagem. Em primeiro lugar, imaginava-o fisicamente mais possante (Tolkien descreve-o como um gigante); e, em segundo lugar, a interpretação do papel é enervantemente teatral, pouco convincente. Não é, infelizmente, caso único. Outras personagens têm a mesma inconsistência, tornando algumas cenas quase ridículas. Importa, no entanto, referir as excepções do feiticeiro Gandalf e do elfo Legolas, que vão bem. E também gosto do trabalho técnico: os efeitos especiais são fantásticos, e os ambientes estão, sem dúvida, muito bem recriados. Por isso, mas sobretudo pela fidelidade aos livros, são filmes que, todos os anos, revejo com os meus pais.

Voltando aos livros, acho que devem ser considerados clássicos, além de merecerem muitas leituras. Eu já vou para aí nas trezentas.

4 comentários:

Anónimo disse...

Já os li duas vezes e gostei imenso. Pelas mesmas razões que aponta. Concordo com a apreciação que faz dos filmes.

m. disse...

Também gostei muito, Isabel. O filme tem o interesse de nos mostrar a perspectiva de um outro grande admirador, o Peter Jackson, com cuja «leitura» a minha tem algumas coincidências giras. Noutros casos, não imaginava assim... mas tudo bem. :-)

Isabel disse...

Em que outros casos imaginava diferente, m.? Só por curiosidade... :-)

m. disse...

Alguns ambientes, Isabel. Os elfos da floresta, por exemplo... Mas neste momento já tenho dificuldade em me lembrar do que inicialmente estranhei. ;-)