sexta-feira, 31 de julho de 2009

Os meus retratos... 3

Como ando a rever a série policial "Crime, Disse Ela"...























Angela Lansbury

Os meus livros... 3

Os livros de Jane Austen são, sem dúvida alguma, clássicos. Li-os, avidamente, quando tinha doze ou treze anos, no início da adolescência. Como não podia deixar de acontecer, gostei de todos e, nos anos que se seguiram, reli-os várias vezes. Inicialmente, claro, não “apanhava” metade da graça da autora. Não compreendia as ironias, as piadas subtis. Mas, à medida que fui ganhando idade, comecei a apreciá-los não só como excelentes romances, mas também como verdadeiros retratos duma época e duma sociedade, traçados com um estilo inigualável.

De entre todos (e são muitos) o meu preferido é, confesso, “Pride and Prejudice”, o livro de Jane Austen que mais se assemelha a um conto de fadas. O livro foi reproduzido numa fantástica série da BBC, que, tenho de admitir, já devo ter visto um milhão de vezes. Certamente mais vezes do que li o livro. Porquê? Talvez sejam os ambientes ou os bailes. Mas inclino-me mais para as personagens. É o drama da família, é o sarcasmo do pai e a histeria da mãe Bennett, é o ridículo do primo Collins, é a bondade da irmã Jane, e é, claro, a inesquecível figura de Mr. Darcy, o homem que todas as mulheres ambicionam, magnificamente interpretado pelo não menos magnífico Colin Firth. O papel colou-se-lhe tão bem, que nunca mais consegui vê-lo noutros sem um olhar reprovador.

Mas todos os livros de Jane Austen valem a pena.

Termino citando este pensamento da autora, que é uma esperança para qualquer rapariga, como eu, “desesperadamente” solteira: “It is a truth universally acknowledged, that a single man in a possession of a good fortune, must be in want of a wife.”

segunda-feira, 27 de julho de 2009

A minha música... 6

O título diz tudo...

Os meus filmes... 4

Sempre gostei muito de filmes de animação. Sei que parece infantilidade da minha parte, mas assumo. Apesar dos meus dezoito anos (idade que, para os meus pais, já pressupõe alguma maturidade de espírito), nunca deixo de me encantar com um bom filme da Disney ou da Dreamworks. Claro que os meus preferidos são os clássicos, aqueles que eram ainda verdadeiros desenhos animados. Não aprecio particularmente os modernos, que insistem na criação de figuras tridimensionais, cada vez mais semelhantes à realidade. Talvez seja essa a intenção, mas não lhe acho piada. Afinal de contas, são ou não são desenhos animados?

Recentemente, no entanto, a Disney produziu dois filmes de animação que me agradaram muito. Um deles, o Ratatouille, prima pela originalidade do tema e por um ambiente ao mesmo tempo familiar e requintado. É – como até os meus pais admitem – único. Do outro, o Wall-E, gosto da personagem principal, que dá nome ao filme, e do romance. Este, que é talvez dos mais enternecedores e curiosos de todos os filmes da Disney, é um romance sem palavras, e os sentimentos apenas se tornam visíveis pelas “expressões faciais” dos protagonistas. A razão é que os namorados são robôs, sem voz humana, e apenas os seus olhos e ruídos respondem por eles. Mesmo assim, a Disney conseguiu, sem o uso de palavras, transmitir a mensagem. E é por isso que, na minha opinião, mereceu o Óscar.

Recomendo tanto um como outro àqueles que não se importem de voltar, por umas horas, à tenra infância.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Os meus filmes... 3

Comprei o mais recente DVD da Miss Marple, com quatro novas histórias policiais de Agatha Christie.

Confesso que ainda só vi a primeira. Mas fiquei imediatamente revoltada. Não porque o filme seja mau… Vê-se. E gostei bastante desta última versão da Miss Marple, protagonizada pela actriz Julia McKenzie. Pelo menos, é melhor que a última (na minha opinião). No entanto, aquilo que me revoltou foi:

- Primeiro: a história é contada de uma maneira um pouco confusa, naquele estilo de filmagem vanguardista de muito difícil “decifração”;

- Segundo (e mais importante): a história está significativamente alterada relativamente ao livro original.

Não percebo por que é que os produtores destas séries têm a necessidade de fazer alterações ao enredo dos livros que lhes ficam, invariavelmente, aquém? Será que acham que têm mais audiência, ao apostarem em intrigas mais sórdidas e mais complexas? Normalmente, é isso que acontece. Sempre que se tenta adulterar a história original, raramente fica melhor. E eu não acredito que o público prefira essa alteração. Tanto mais que a piada em ver adaptações de livros ao cinema, é reconhecer os livros nas imagens do cinema. Insisto, portanto, na questão: haverá necessidade em alterar as histórias? As versões mais antigas das séries policiais da Agatha Christie eram muito fiéis aos livros e davam imenso prazer ver. As de agora, nem tanto. Mas será que sou a única a pensar assim?

terça-feira, 21 de julho de 2009

A minha música... 5

Os meus filmes... 2

Desde pequena que o tema «dinossauros« me fascina. Não sei porquê. Mas a verdade é que sempre os adorei. Talvez pela sua grandiosidade. Talvez pelo seu triste destino.

É, portanto, natural que um dos meus filmes predilectos seja a famosa triologia Jurassic Park. Realizada por Steven Spielberg é, na minha opinião, uma dos melhores «sequências» de acção do cinema de Hollywood. Combina aventura com humor, os efeitos especiais, apesar da época, são excelentes, e o enredo da história formidável. Aliás, chegamos a pensar se não seria possível, com a tecnologia dos dias de hoje, criar mesmo dinossauros, como no filme, ou até mais.

De entre os três, não sei qual é o meu preferido. Talvez o primeiro, por ser o primeiro. Mas os seguintes são igualmente bons e, portanto, é difícil escolher. Já me é mais fácil decidir sobre a minha personagem favorita. É, indiscutivelmente, a figura de Ian Malcolm, protagonizada pelo actor Jeff Goldblum, uma personagem que, apesar de secundária no primeiro filme, é aquela que proporciona mais momentos de humor, alguns verdadeiramente geniais. Já no segundo filme, Malcolm desempenha um dos papéis principais, mas tem desempenho mais sério. Mesmo assim, nunca deixa de me impressionar pela sua inquestionável “figuraça” e bom humor.

No entanto, tenho de admitir que, para meu enorme espanto, o meu gosto pelo Jurassic Park não é partilhado por muita gente. Na verdade, as únicas pessoas que conheço que também devoram estes filmes são os meus pais. Porquê? Visto que nunca ninguém me soube, propriamente, explicar, ficando-se por um mero torcer de nariz, ainda estou para perceber…

quinta-feira, 16 de julho de 2009

A minha música... 4

Um pouco de romantismo...

Os meus livros... 2

Fenómeno Harry Potter

Com um novo filme a estrear hoje nas salas de cinema, é altura para perguntar: qual será o segredo do sucesso de Harry Potter? Como é que a autora, tendo já sido considerada mais rica que a própria rainha de Inglaterra, conseguiu manter vivo o interesse por esta famosa personagem durante uma saga de sete livros? É, no mínimo, espantoso. E não estou a dizer que não compreendo. Eu própria sou uma indiscutível fã dos livros. Mas manter um interesse, que, de certas pessoas, chega a ser apaixonado, durante todos estes anos é – tenho de admitir – notável.

Uma coisa que, por exemplo, é muito contestada pelos meus pais - que, infelizmente, não partilham o meu gosto pelo Harry Potter - é o facto de o ambiente das histórias ser muito fechado, em que aparecem sempre as mesmas personagens, em que há sempre o mesmo lado bom contra o mesmo lado mau, e em que o “environment” também nunca muda. Mas, na minha opinião, essa é uma das razões que aviva o interesse dos leitores. Essa constância de personagens, de ambientes e de inimigos faz com que as pessoas, mesmo que não considerem os livros verdadeiras obras de literatura, desejem saber, pelo menos, o que vai acontecer a seguir. Acabam então por ler os livros todos, do primeiro ao sétimo, sem nunca lhes murchar a curiosidade e o prazer na leitura. Não querendo isso significar que adoram todos os livros. É natural que, de entre os sete, algum seja pior do que outro. Mas as pessoas afeiçoam-se às personagens e aos ambientes e têm genuíno interesse em acompanhar a sua evolução.

Mas será mesmo esse o segredo? Ou terá também alguma coisa a ver com a indiscutível imaginação e estilo de escrita escorreita da autora, que conseguiu tornar um mundo fantástico e impossível quase real? Talvez nunca o saibamos. Mas não tenho dúvidas de que o fenómeno Harry Potter não será facilmente esquecido.

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Nova Iorque

Quando uma pessoa foge do conforto da casa para se ir divertir no estrangeiro, os restantes membros da família, que por razões várias, não puderam acompanhá-la, sentem-se, inevitavelmente, invejosos. Mas quando o referido local é Nova Iorque, a inveja é muitíssimo duplicada. Pois quem não adoraria ver a cidade que – dizem – nunca dorme?










A minha música... 3

Uma das músicas mais bonitas de todos os tempos...

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Os meus filmes... 1

Ainda no tempo do cinema a preto e branco, foram feitos, aqui em Portugal, uma série de filmes cómicos, onde brilhavam estrelas como Vasco Santana, António Silva e Ribeirinho. Foi, na minha opinião, a época áurea do cinema português, que, infelizmente, nunca conseguimos recuperar.

No outro dia, tive o prazer de rever o “Pai Tirano” e o “Pátio das Cantigas”. Voltei a comover-me com os romances do Chico e da Tatão e a rir-me com os disparates do Evaristo e do Narciso. A célebre frase: “Evaristo, tens cá disto?” ficará para sempre na memória de toda a gente. E a conversa que o Vasco Santana tem com o candeeiro de rua é, como já ouvi dizer, uma das cenas mais conhecidas e mais cómicas do cinema português.

Mas então, pus-me a pensar. Porque faziam estes filmes tanto sucesso? E porque é que, durante os últimos sessenta anos, mais nenhuma obra cinematográfica portuguesa se lhes compara? Teremos perdido talento? Ou simplesmente mudado de rumo? Porque é que a ficção nacional continua a apostar na novela da TVI e nuns filmezecos a puxar para o “dramalhão”?

Nós não somos Hollywood. E não precisamos de os imitar. Porque é que não exploramos o nosso próprio estilo, onde o português é declamado e a comédia é brejeira? Porque é nesse mesmo estilo, que se via nos filmes antigos, que está a verdadeira graça, na medida em que se reencontra um pouco da nossa natureza.

Além de que, indiscutivelmente, filmes como o “Pai Tirano” ou o “Pátio das Cantigas” proporcionam uma tarde muito bem passada.
Aqui estão duas das melhores cenas do "Pai Tirano"...



...e do "Pátio das Cantigas":

Os meus retratos... 2




segunda-feira, 6 de julho de 2009

A minha música... 2

Um grande artista...

Os meus livros... 1

A vida de Henrique VIII, rei de Inglaterra do século XVI, foi, sem dúvida alguma, atribulada. E qualquer livro que conte a sua história é, para mim, um alvo de interesse. Mas este livro, do qual eu já tinha ouvido falar, não me despertou, ao início, qualquer curiosidade. Era, pensava eu, um romance histórico igual a muitos outros. No entanto, para minha grande satisfação, quando finalmente me decidi a lê-lo, revelou-se uma agradável surpresa.

E porquê? – Perguntam vocês. Porquê uma surpresa? A explicação é muito simples: o livro foi recentemente adaptado ao cinema. Mas apesar das sem dúvida boas actuações de Natalie Portman, Scarlett Johansson e Eric Bana, o filme não me impressionou.

Henry Tudor (Eric Bana), um rei que sempre imaginei autoritário, mas com alguma jovialidade sedutora, mostra, pelo contrário, tirania e violência, e, durante quase todo o filme, uma disposição taciturna. Anne Boleyn (Natalie Portman), por seu lado, é representada como uma rapariga simplesmente ambiciosa, que, no fim, acaba por ser vítima das circunstâncias e dos esquemas da família.

Mas no livro, as coisas acontecem de forma diferente. De que forma? Não vou contar, para não estragar eventuais surpresas. Apenas posso referir que o livro tem uma abordagem menos “lamecha”. Acrescento alguns dos pontos que achei mais interessantes:

- Primeiro, a relação entre os três irmãos Boleyn (Mary, Anne e George), que, apesar do meio em que vivem e das personalidades completamente distintas de cada um, algumas realmente perversas, revelam uma união e uma solidariedade fora do comum e incrivelmente resistentes.

- Segundo, a vida na corte, tão hipócrita como falsa, e que, como a autora muito bem diz, corromperia o mais santo dos santos.

- Terceiro, a história da narradora, Mary Boleyn, que, apesar de tudo por que passa, juntamente com a família, acaba por ter um final feliz.

The Other Boleyn Girl (de Philippa Gregory) é, portanto, um livro que recomendo.